Envelhecimento masculino: Como enfrentar o envelhecimento masculino
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Envelhecimento masculino: Como enfrentar o envelhecimento masculino! Olá como vai você? Espero que esteja bem viu! Bom hoje então falando do envelhecimento masculino. Trinta anos. Esse é o atraso estimado por pesquisadores internacionais nas pesquisas sobre o envelhecimento masculino, conforme anúncio feito no III Congresso Mundial Masculino, que se realizou na Alemanha.
E a conclusão que se chega é que há necessidade de estudos científicos voltados para esse público, uma vez que a comunidade médica sabe muito mais sobre a saúde feminina do que a masculina, desconhecimento que se entende á psicologia e outras ciências afins. Nos consultórios a maioria dos tratamentos é feito por mulheres. Elas estão mais conscientes dos benefícios que uma ajuda qualificada pode oferecer, buscam prevenir a doença, compreender o que está ocorrendo consigo e ampliar os benefícios aos seus familiares.
Dar-se Conta do envelhecimento
A endocrinologista Mara Martins, membro da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento afirma que felizmente os pesquisadores estão se dando conta da f alha quanto aos estudos direcionados á saúde do homem e hoje estão correndo atrás do prejuízo. O último censo, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a expectativa de vida masculina é de 65,8 anos, enquanto entre as mulheres, o índice chega há 73,6 anos. Em quase todos os países existe tal diferença. A resistência do homem quanto á saúde preventiva, tanto em relação ao corpo biológicos é apontada como uma causa.
Nos Estados Unidos, por exemplos, as mulheres vão ao médico 150% mais que os homens. Constata-se que a doença já está instalada e desenvolvida quando os homens chegam ao especialista. As consultas são marcadas pela esposa, que os obrigam a buscar ajuda profissional quando apresentam alterações no desempenho sexual, ou estão muito doentes ou em estado de estresse crônico.
Alterações hormonais no envelhecimento
Frank Schirrmacher, no livro a "Revolução dos Idosos", defende que, se ao lado da matemática, física e língua portuguesa, o envelhecimento fosse uma das disciplinas escolares, por ser um processo inevitável, passaria a fazer parte de uma programação natural nos projetos de vida das pessoas de ambos os sexos.
Quanto aso homens, os cuidados são direcionados quase que somente ás doenças cardiovasculares, pulmonares, degenerativas, neoplasias, perda visual e auditiva, distúrbios do sono, disfunção sexual e deficiências endócrinas.
O reconhecimento da andropausa, à menopausa dos homens, chamada de deficiência Androgênica Progressiva do Envelhecimento (padam), ainda é pouco difundido. Esse período se caracteriza pela queda de produção de testosterona, principal hormônio masculino. Quando não tratado pode apresentar sintomas. Os principais são variação de humor, fogachos, depressão, Diminuição do desejo sexual e até impotência.
Os Psicogerontologos sabem que a baixa autoestima, a depressão e o medo da morte podem estar associado ao declínio de potencia sexual. As estatísticas ainda apontam que cinco cada seis homens um ou mais desses sintomas, e o diagnósticos geralmente é feito tardiamente.
Mudanças nos papéis com o envelhecimento
Considerando que o mundo tem hoje aproximadamente 408 milhões de homens com idade entre 55 anos calcula-se que 50% dos acima de quarenta sofre com algum problema, e quando a idade avançar para os setenta anos, a porcentagem pode chegar 75% a população masculina estaria a necessitar de atenção medico ou psicológico.
Sobre as necessidades psicológicas que norteiam o envelhecimento saudável, o psicanalista Ciro Martins, em uma conferência em 1977, já chamava atenção sobre as alteração que os papéis de gêneros vêm sofrendo na cultura. Salienta que durante um grande período da história imperou o matriarcado. Homem somente logrou a supremacia nas relações com o patriarcado.
Por outro lado, segundo Engels, foi a partir da divisão de trabalho que a ocupação do homem se diferenciou. A mulher passou a ser responsável pelo cuidado e saúde dos filhos. O homem, voltado para o sustento e funções externas ao lar, esta exposto ao estresse por cota de um mercado competitivo e excludente. Porem, outra consideração tem surgido sobre a menor longevidade masculina. Ciro Martins, nessa ocasião, também levantou a hipótese e que a ausência de um sentido existencial para o homem seria um forte fator estressante.
Refere que, enquanto as mulheres nascem com um papel pré-determinado através da maternidade, o homem, em todos os tempos e culturas, buscam sentidos existencial através da ocupação. Um paciente em certa ocasião após ter encerado a sua carreira profissional, concluía quase sem esperança: O homem ao se aposentar, se recolhe para o aposento, em quanto à mulher, diferentemente busca grupos de convivência, faz ginastica, viaja esta sempre procurando fazer coisas fora do lar.
Por todas as considerações torna-se importante o estudo do comportamento masculino na longevidade a partir de uma visão integrada de corpo biológico com os aspectos emocionais e psicológicos frente ao envelhecimento as exigências sociais a que está exposto e ás necessidades culturais que desafiam as capacidades intelectuais e de conhecimento.
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