Bom dia! Você já fez laqueadura e está na dúvida se
ainda poderá engravidar? De acordo com o ginecologista Joji Ueno, responsável
pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês, a
laqueadura tem 50% de ser revertida.
— Há situações em que o procedimento é realizado
com cuidados microcirúrgicos aumentando um pouco mais a chance de reversão que,
neste caso, atinge uma porcentagem de 80%.
O especialista comenta que para revertê-la, uma
série de fatores precisam ser analisados, como: faixa etária da paciente,
comprimento e vitalidade dos segmentos de trompas a ser unido, procedimento
utilizado na realização da laqueadura tubária, quantidade de tecido de
cicatrização na região da cirurgia e até a habilidade do microcirurgião.
— É importante destacar que a laqueadura não
interrompe a ovulação. No entanto, as tubas uterinas ficam rompidas
impossibilitando que a fecundação ocorra.
Dançarina descobre gravidez apenas na
hora do parto
De acordo com o especialista, a reversão pode
funcionar melhor em mulheres mais jovens, com menos de 35 anos, e que não
apresentem algum fator de infertilidade. Para pacientes com idade superior
a essa faixa etária, a fertilização in vitro (FIV) pode ser uma alternativa
mais eficiente e segura.
— Quando as trompas são reconstituídas, elas não
recuperam toda a sua função, podendo ocasionar problemas durante a gravidez.
Uma delas é a ocorrência de uma gestação ectópica (na própria trompa). Afinal,
este tipo de gestação costuma ser interrompida entre seis e 12 semanas.
Por isso, antes de optar pela laqueadura, vale
apostar em outros métodos contraceptivos como DIU, pílulas anticoncepcionais
orais ou injetáveis.
— A laqueadura é um processo de esterilização
definitiva que consiste no fechamento das tubas uterinas para impedir a
fecundação. É uma cirurgia simples, as trompas são cortadas e suas extremidades
amarradas com o intuito de bloquear a passagem do espermatozoide.
Por isso, o médico reafirma que a laqueadura
costuma ser mais indicada para pacientes que apresentam problemas de saúde,
como hipertensão, diabetes ou histórico de eclampsia.
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