Pelo nome, parece ser mais um complicado termo médico para designar alguma patologia raras sobre a Psoríase, mas não é. Trata-se de uma doença crônica de pele que é bastante comum. Segundo estimativas, cercas de duas pessoas em cada cem, no mundo inteiro, são afetadas. Nos Estados Unidos, surgem 155.000 novos casos a cada ano- o que representa um gasto em torno de 1 bilhão de dólares com tratamento.
O maior incômodo da psoríase não é o mal-estar físico, mas o aspecto externo das lesões, que causa angústia e desconforto emocional nos portadores. A pele apresenta placas avermelhadas, bem definidas, cobertas por escamações branco-acinzentadas, espessas e secas.
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Fotos de pessoas com Psoríase
Localiza-se, na maior parte dos casos, nos joelhos,cotovelos, região lombar e couro cabeludo, mas durante as fases agudas podem espalhar-se por todo o corpo. As lesões no couro cabeludo, soltam grandes quantidades de escamas brancos-acinzentadas, que parecem uma "Casca grossa".
É possível que as unhas também sofrem modificações, perdendo o brilho e desenvolvendo fendas estriadas. A aparência e localização das placas são fatores que facilitam o diagnóstico da psoríase. Se houver dúvidas, o médico retira delicadamente uma amostra da pele escamosa e vermelha para exame microscópico. Veja agora alguns fatores que costumam intensificar a moléstia:
Ferimentos:
Machucados na pele (cortes,queimaduras e até raspadas), às vezes, estimulam o surgimento de novas placas. O mesmo ocorre com queimaduras de sol, alergias de pele por contato ou incisões cirúrgicas.
Infecções:
Virais ou bacterianas, talvez desencadeiam crises. Até mesmo inflamações simples,como da garganta, podem provocar o mesmo efeito.
Drogas:
Para alguns pesquisadores, certas drogas ocasionalmente pioram a psoríase: lítio, usado no tratamento de disfunções mentais; beta-bloqueadores, empregados no controle de doenças cardiovasculares; e cloroquino, agente antimalárico, são alguns dos exemplos.
Ausência de luz do sol:
Psoríase geralmente se agrava durante o inverno, quando a luz do sol está mais fraca. As aplicações de luz ultravioleta melhoram os sintomas.
Stress:
Um terço dos pacientes relata uma correlação entre fadiga e ansiedade e as crises da doença. Mas ainda não existem evidências definitivas. Agora atenção para esta característica: "A psoríase aparece com mais frequência em homens. De cada quatro pacientes, três são do sexo masculino, independente de idade. Geralmente o distúrbio é diagnosticado entre 15 e 35 anos de idade".
Infelizmente, as causas da Psoríase permanecem obscuras; mas sabe-se que ela se liga a um desequilíbrio no mecanismo de renovação da epiderme- mais precisamente, a uma rápida multiplicação de suas células. A hereditariedade pode ser uma pista; muitos pacientes relatam a ocorrência na família. A renovação da pele na pessoa afetada é entre cinco e sete vezes mais rápida que o normal. O estado geral de saúde do paciente não se altera; raramente ocorre a chamada artrite psoriásica que ataca as articulações dos dedos, dificultando ou mesmo impedindo os movimentos.
Ao contrário da artrite comum, a psoriásica evolui por surtos e passa longos períodos sem que a perturbação se manifeste no paciente.
Tratamento paliativo:
A psoríase caracteriza-se por apresentar períodos de crise e melhoria; ocorre até de a doença sumir sozinha. De outro lado, os tratamentos aliviam os sintomas e algumas vezes causam seu desaparecimento por largos períodos de tempo ( não há cura definitiva). Dada essa variedade, a atuação médica- em geral prolongada- adapta-se às necessidades individuais e, conforme o caso, envolve uma combinação de terapias existentes, que são as seguintes:
Remédio tópicos:
Medicamentos aplicados diretamente na pele, e na maioria dos casos controlam as crises.
Fototerapia:
A luz do sol ajuda a melhorar a pele afetada pela psoríase (ou luz ultravioleta artificial de ondas médias).
Drogas:
Certos remédios controlam a multiplicação de células epiteliais. Em média, o tratamento dura três a quatro semanas. Porém estas drogas podem causar danos no fígado e outros órgãos também sem contar nos efeitos colaterais, se o uso for muito prolongado.
Agora, um alerta final de amiga para vocês; " Nunca abandone o tratamento de manutenção, nas doses recomendadas. E siga as recomendações do profissional da área". No mais, lembre-se que a psoríase é uma doença benigna, não é contagiosa. Procure conviver com ela sem se estressar, sabendo que de tempo em tempos ela poderá voltar.
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