E veja também sobre câncer nos ovários e outros problemas associados à endometriose que muitas de nós mulheres temos aquela duvida.
Pois é gente! Tire suas duvidas sobre a endometriose essa doença é recorrente entre as mulheres porque além de
causar dor durante a relação sexual, alterações
intestinais durante a menstruação - como diarreia e dor para evacuar- também
está associada às dificuldades para engravidar após um ano de tentativas sem
sucesso.
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Como as
cólicas menstruais são ocorrências habituais na vida da mulher, e é recomendado
que a investigação das causas das dores devesse ser feita quando estas
apresentarem resistência a melhorar com remédios ou quando elas incapacitam uma
mulher para exercer suas atividades normalmente.
Pois, cólica intensa é o principal sintoma de
endometriose e leva a suspeita de que a doença esteja instalada.
Agora confiram abaixo quais são as dúvidas mais comuns que nós
mulheres temos sobre esta doença:
Quais os principais sintomas de quem sofrem com a endometriose? Tire a sua duvida.
Pois é grande maioria têm dismenorreia, ou seja, cólica menstrual, o
primeiro e mais importante sintoma. Muitas vezes, são cólicas intensas que
incapacitam as mulheres de exercerem suas atividades habituais. E essa dor pode
ainda manifestar-se durante a relação sexual, quando o pênis encosta no fundo
da vagina. Este é o segundo sintoma.
Além desses sintomas, podem estar
presentes a dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias
durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora
do período menstrual.
Como diferenciar uma cólica normal da característica da endometriose?
Isso na verdade, não existe uma diferenciação muito clara porque há
pacientes com endometriose que tem poucas cólicas durante a menstruação.
Entretanto, o raciocínio é sempre orientar as mulheres a procurarem um médico
quando tiverem cólicas com certa resistência a melhorar com remédios ou que as
incapacite de exercer suas atividades normalmente.
Os sintomas da presença da endometriose podem confundir e retardar o diagnóstico dessa doença?
Sim. E para identificá-la é importante saber que a doença pode acometer
mulheres a partir da primeira até a última menstruação fique atenta, com média
de diagnóstico por volta dos 30 anos. Em média, a mulher tem 32 anos quando é
feito o diagnóstico da doença. Em 44% dos casos passaram-se cinco anos ou mais
até a doença ser diagnosticada.
De 40% a 50% das adolescentes que apresentam
cólica incapacitante. A investigação clínica, a anamnese bem feita seguida de
um exame físico adequado, o toque vaginal que permite verificar alguns aspectos
característicos da doença, tudo isso faz parte do exame ginecológico normal e
de rotina que não visa ao diagnóstico da doença em si, mas que pode funcionar
muito bem como prevenção primária para a endometriose.
O exame ginecológico é o
ponto de partida para estabelecer o diagnóstico da endometriose. Se a doença se
assesta no ovário, o ginecologista pode perceber o aumento dos ovários pelo
toque.
Acomete-se a região que fica entre o útero e o intestino, um tipo de
endometriose que se chama endometriose profunda, o toque permite perceber
espessamentos atrás do útero e dor quando o médico apalpa essa região. Quando a
doença acomete o peritônio (tecido que reveste a cavidade abdominal) fica mais
difícil estabelecer o diagnóstico pelo toque.
Esta doença apresenta fatores hereditários, ou seja, se a minha mãe teve endometriose corro maior risco de apresentar a doença?
Alguns estudos apontam que existe um fator hereditário que deve ser
levado em conta nos casos de endometriose. Entretanto, existem outros fatores
de risco que devem sempre ser levados em conta, tais como a menstruação
retrógrada, que leva o endométrio para a cavidade abdominal permitindo o
desenvolvimento da doença no local.
A imunidade da paciente também deve ser
considerada, como o estresse e a ansiedade Isso vale para o câncer e vale para
a endometriose.
Por fim, deve-se considerar também o número de menstruações.
Hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no começo do
século passado menstruava apenas 40 vezes, porque a primeira menstruação
ocorria mais tarde, ela engravidava mais cedo, tinha mais filhos e passava
longos períodos amamentando.
A endometriose pode virar um câncer? Há alguma relação comprovada entre ambos?
O mecanismo das duas doenças tem muitas similaridades. Sabe-se, porém, que a relação entre endometriose e câncer é muito pequena, em torno de 0,5% a 1% dos casos. E na verdade, apesar de não caracterizar uma doença maligna, a endometriose se comporta de modo parecido, no sentido de que as células crescem fora de seu lugar habitual.
Embora, na maioria das vezes, esse crescimento não
tenha consequências letais, acaba provocando muitos incômodos. Por isso,
pesquisadores suecos apresentaram um estudo onde a endometriose foi associada
pela primeira vez ao aparecimento de diversos tipos de cânceres, especialmente
o de ovário.
Especialistas do Hospital da Universidade de Karolinska em Estocolmo, Suécia, analisaram os dados de 63.630 mulheres, que tinham sido atendidas pelo Hospital com o diagnóstico de endometriose, entre 1969 e 2002.
Os cientistas encontraram 3.822 casos de câncer entre mulheres com
endometriose. Segundo o trabalho, a doença aumentou o risco de a mulher
desenvolver o câncer de ovário em 37% do grupo analisado, risco de um terço
acima da população normal das mulheres sem a doença.
Também foram registrados
aumento no número de casos de tumores endocrinológicos (38%), de câncer
renal (36%) e de câncer da tireoide (33%). Os pesquisadores
investigarão se o tratamento hormonal ou cirúrgico da endometriose tem
relação com o risco aumentado do câncer.
Há casos de endometriose com sintomas bem discretos enquanto outros são bem mais graves. Como posso classificar a doença?
A classificação da endometriose leva em conta a extensão da doença. A
mais aceita foi elaborada por uma sociedade americana e parte do procedimento
de visualização das lesões, o passo seguinte depois do diagnóstico.
O exame
clínico, o marcador e exame de ultrassom são os meios adequados para definir
as mulheres para as quais se deve indicar a laparoscopia, um
exame realizado sob anestesia através de pequenas incisões no abdômen por onde
se introduz um tubo ótico de aproximadamente 10 mm de diâmetro para visualizar
as áreas da cavidade abdominal em que se fixaram os implantes - nome que se dá
ao tecido endometrial deslocado.
É um procedimento cirúrgico menor que permite
identificar tamanho, extensão e local de acometimento das lesões e iniciar
imediatamente o tratamento adequado.
Então, a laparoscopia é, ao mesmo tempo, um teste de diagnóstico que avalia a extensão da doença e uma forma de iniciar o tratamento dela?
Depois que se faz uma análise da cavidade abdominal, dos pontos com
comprometimento pela doença, procura-se ressecar sempre que possível os focos
que se encontram nos ovários, trompas, útero, peritônio e intestino. Em relação
aos cistos no ovário e no útero, a preocupação é retirá-los, mas preservando
esses órgãos, uma vez que na maioria das vezes as pacientes são jovens e
têm desejo reprodutivo.
Através da laparoscopia conseguimos ressecar também os
focos existentes no tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio) e
outros mais profundos localizados nos intestinos, indicativos de casos mais
graves e que demandam tratamento efetivo.
Obviamente, a cirurgia aberta é
também uma alternativa para remover as lesões de endometriose, mas a
laparoscopia é o método mais utilizado para diagnóstico e tratamento dessa
doença.
A endometriose provoca alterações no ciclo menstrual, estas alterações podem causar a infertilidade feminina?
A relação entre a endometriose e a infertilidade feminina pode
manifestar-se em alguns casos. Pacientes em estágio avançado da doença e
obstrução na tuba uterina que impeça o óvulo de chegar ao espermatozoide têm um
fator anatômico que justifica a infertilidade. Além disso, algumas questões
hormonais e imunológicas podem ser a causa para algumas mulheres com quadros
mais leves de endometriose não conseguirem engravidar.
Após o tratamento e,
geralmente, a realização da laparoscopia, uma boa parcela das pacientes
consegue engravidar, principalmente as mulheres em que as tubas não tiverem
sofrido obstrução. É por isso que no final da laparoscopia, costuma-se injetar
contraste pelo canal do colo uterino para ver se ele sai pelas tubas.
A
caracterização dessa permeabilidade tubária é um ponto a favor de uma gravidez que
depende, entretanto, de outros fatores como a função ovariana ou a não formação
de aderências depois da cirurgia, por exemplo.
Após a realização
de uma laparoscopia bem sucedida, com a retirada de todas as lesões da
cavidade abdominal, há riscos de reincidência?
Depois da laparoscopia,
quando a doença está num estágio avançado, costuma-se indicar
uma medicação para suprimir temporariamente a menstruação. São, geralmente,
medicamentos que bloqueiam a função ovariana, durante três ou quatro meses,
para a paciente poder se recuperar. Depois disso, há possibilidades da doença
voltar a existir, porque o retorno da função menstrual pode determinar o
reaparecimento das lesões.
Por isso, em alguns casos, é preciso bloquear a
menstruação por mais tempo e tomar cuidado depois das gestações para que não
haja recidivas. A cura da endometriose depende da boa administração da doença e
nem sempre representa a extirpação eterna dos focos.
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