Ter pouco leite, tomar canjica, marcar horários; derrubamos esses e outros 5 mitos sobre a amamentação.
Durante o período de amamentação, as mães costumam ouvir muitos palpites sobre o leite materno e sobre como devem ser as mamadas. Nessa fase de descobertas, às vezes fica difícil saber o que é verdade e o que não é. Desvendamos aqui alguns mitos da amamentação para tornar esse hábito o mais simples e prazeroso possível para a mãe e para o bebê.
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Mitos sobre a amamentação
A mãe produz pouco leite
A grande maioria das mulheres produz mais leite do que o suficiente para seu bebê. No entanto, o ganho de peso pode variar dependendo de cada um. A maior parte dos bebês perde peso nos primeiros dias. Alguns ganham muito peso no primeiro mês e menos nos meses seguintes. Já outros demoram a engordar no começo, depois engrenam.
Atualmente, a melhor forma de saber se o bebê está ingerindo bem o leite é utilizar a curva de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também fazer uma avaliação cuidadosa da mamada nos primeiros dias. Uma mamada satisfatória está associada à boa pegada do bebê ao seio e a uma posição confortável para a mãe. Um bebê saciado costuma ganhar peso e garantir uma boa produção de leite materno.
É preciso marcar horários para amamentar
Acreditar que todos os bebês precisam mamar a cada 3 horas é como acreditar que todas as pessoas têm a mesma fome e precisam almoçar e jantar no mesmo horário. Os bebês recém-nascidos são movidos pela fome; em alguns dias, mamam o tempo todo; em outros, mamam menos; e, com o tempo, vão encontrando o ritmo que os satisfaz. A mãe deve oferecer o peito em livre demanda, sem regras ou horários estipulados, para que seu filho estabeleça uma rotina alimentar perfeita para o seu organismo e cresça mais saudável. Essa é a recomendação da OMS há dez anos.Seio pequeno, produz menos leite
Não existe relação entre o tamanho do seio e a produção de leite. Também não é verdade que as mulheres que fizeram mamoplastia (cirurgia de redução da mama) ou que usam prótese de silicone não podem amamentar. Todas as mulheres estão inicialmente aptas para a amamentação. Porém, elas às vezes precisam de orientação para ajudar o bebê a encontrar a pega e para cuidar do seio de modo a evitar fissuras, mastites ou dores.Após seis meses, o leite do peito não alimenta
Até o sexto mês de vida, o bebê precisa receber exclusivamente o leite materno. Após esse período, ele deve continuar a receber o leite materno como principal alimento, mas é hora de começar a oferecer gradativamente outras opções, como sucos e frutas, até que ele faça refeições completas. Mesmo quando a criança já come de tudo, ela pode e deve continuar mamando no peito por no mínimo dois anos, conforme recomendado pela OMS. Nesse período, ela recebe, pelo leite da mãe, 80% do que necessita de vitamina C e muitos anticorpos, que fortalecem sua imunidade e fazem com que ela adoeça menos.Tomar canjica aumenta a produção de leite
Alguns alimentos, ervas e líquidos são culturalmente considerados “produtores” de muito leite. Na verdade, esses alimentos oferecem confiança extra à mãe, que passa a produzir mais leite por se sentir psicologicamente melhor. Por isso, mais importante do que o consumo da canjica é o descanso, pois, quando a mãe repousa e relaxa, produz mais leite. A ingestão de água e outros líquidos também é fundamental. Para quem quer seguir o conselho da avó e tomar a canjica, a especialista em amamentação recomenda que ela seja preparada com água, em vez de leite, para ficar mais fácil de digerir.
Colaboração da especialista e consultora em aleitamento materno Fabiolla Cassab, dundadora da MATRICE – Ação de Apoio à Amamentação.
Fonte: Mde Mulher
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