Remuneração do motorista passou de R$ 4,4 mil para R$ 16,8 mil
por Eduardo Matos e Kelly Matos
Jardel tomou posse na Assembleia, no começo do ano, com outros 54 deputadosFoto: Wilson Cardoso / Agência Assembleia |
Os servidores que permaneceram com o deputado Mário Jardel (PSD) ganharam um presente para recompensar a lealdade ao chefe. O agrado veio em forma de aumento considerável nos vencimentos.
A recompensa maior pela lealdade ficou para Roger Antônio Foresta. O motorista teve o salário quase quadruplicado, de R$ 4.462,99 para R$ 16.886,03. Deixou de ser assessor IV para ser coordenador da bancada do PSD na Assembleia, cargo ocupado antes por Marcos Aurélio Chedid, que se tornou um dos principais desafetos de Jardel.
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Já Walmir Yemi Martins, que era responsável pelas redes sociais, Francisco Demétrio Tafras, que cuidava de eventos ligados ao futebol do ex-jogador, e Ricardo Fialho Tafas, responsável pelas artes em materiais de marketing de campanha, passaram de assessor III para assessor VI, com os vencimentos subindo de R$ 3.814, 87 para R$ 7.132,46.
O novo chefe de gabinete de Jardel, Cristian Lima, nega que o aumento nos vencimentos dos assessores seja uma recompensa à lealdade ao chefe, e justifica como uma "valorização".
— Foram, sim, devidamente valorizados. Reconduzidos a um cargo minimamente um pouco maior. Não se cita valores até por normas da Casa, mas se alguém quiser saber que olhe no Portal da Transparência — ressalta Lima.
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Foi justamente isso que a Rádio Gaúcha fez, conferir no Portal da Transparência da Assembleia Legislativa. Cristian ressalta, no entanto, que o número de CCs será menor do que os 21 que estavam.
— A nossa necessidade hoje técnica é "remembrar" alguns cargos que foram desmembrados, por isso que houve essa quantidade um pouco elevada, que está dentro da norma da casa também. Mas a realidade é uma só. Em torno de no máximo 15 a 16, no máximo, estourando — justifica o chefe de gabinete de Jardel.
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Mas o número já mudou em relação ao que Cristian havia dito em entrevista à Rádio Gaúcha na segunda-feira, quando ressaltava um enxugamento no número de assessores.
— No máximo, de 13 a 14 pessoas entre bancada e gabinete — havia dito Cristian.
Lima e mais uma assessora, que já está trabalhando no gabinete, ainda não foram nomeados oficialmente. Jardel deve se pronunciar na sexta-feira, em vídeo, e voltar ao trabalho na segunda-feira. Ele decidiu exonerar todo o gabinete, segundo Lima, porque não estava tendo autonomia no mandato e por estar sendo ameaçado, inclusive de morte, por discordar dos assessores que foram indicados pelo PSD.
* Rádio Gaúcha e ZERO HORA
SD.* Rádio Gaúcha e ZERO HORA
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