Por G1 São Paulo
Rapaz mandou mensagem para jornalista se dizendo 'curioso'. NET diz que tomará medidas para identificar e afastar colaborador.
http://s2.glbimg.com/ Imagens de conversa postada pela estudante Ana Prado no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook) |
A jornalista Ana Prado relatou, em sua conta no Facebook, que recebeu mensagens de um suposto funcionário da NET que lhe teria enviado mensagens sem sua permissão e adicionado seu contato no WhatsApp. O relato foi feito por ela na noite de segunda-feira (25).
A NET disse que está tomando as medidas para identificar e afastar qualquer "colaborador ou prestador de serviço que faça uso indevido de informações pessoais" dos clientes da empresa(veja posicionamento completo abaixo). O G1 não conseguiu conversar com a jornalista para que ela desse outros detalhes do caso.
Segundo relato dela nas redes sociais, o funcionário teria ligado pela manhã para oferecer um pacote promocional da empresa. A jornalista informou que não estava interessada e desligou. Depois, recebeu as mensagens no aplicativo do celular. Ela fez imagens da conversa e postou em sua conta no Facebook.
“Desculpa, mas fiquei curioso”, diz o rapaz em uma das mensagens. Depois, complementa. “Por conta da sua voz”, afirmou. A jornalista questionou a atitude, disse que se tratava de algo “invasivo” e que o funcionário poderia até mesmo ser processado. Pediu ainda que ele deletasse o número de sua agenda telefônica.
O suposto atendente da NET disse que não tinha acesso a outros dados e também pediu desculpas de forma irônica pelo contato. “Perdão pela imensa invasão. Agora, caso queira me processar ou processar quem quer que seja, fique à vontade. Terei o prazer de ganhar a causa”, disse.
"Não era só mais uma cantada tonta"
Por recomendação da empresa, a jornalista registrou um boletim de ocorrência e voltou a se manifestar pela rede social na tarde desta quarta-feira (27). Ela esclareceu que decidiu divulgar o caso, ao invés de simplesmente bloquear o funcionário, para evitar que a situação se repetisse com outras pessoas.
Por recomendação da empresa, a jornalista registrou um boletim de ocorrência e voltou a se manifestar pela rede social na tarde desta quarta-feira (27). Ela esclareceu que decidiu divulgar o caso, ao invés de simplesmente bloquear o funcionário, para evitar que a situação se repetisse com outras pessoas.
"Aquilo não era só mais uma cantada tonta de um cara inconveniente", disse ela no Facebook. "Era uma cantada tonta de um cara que tem acesso aos meus dados pessoais e fez uso indevido para fins pessoais", completou.
Ana afirmou ainda que está em contato com a NET, que teria a intenção de dar prosseguimento ao caso na esfera criminal e de criar um canal para que denúncias similares cheguem à empresa. Além disso, a jornalista contou que foi informada de que o funcionário provavelmente faz parte de uma empresa terceirizada de telemarketing.
A publicação da jornalista no Facebook foi curtida por mais de 6 mil pessoas e compartilhada mais de 1,8 mil vezes.
Confira a íntegra da nota da NET:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
Com base nas informações tornadas públicas pela cliente Ana Prado em 26/05/2015, a NET informa que está averiguando o fato relatado e tomará todas as medidas cabíveis para apurar, identificar e afastar sumariamente qualquer colaborador ou prestador de serviço que faça uso indevido de informações pessoais, confidenciais e sigilosas de nossos clientes;
Estamos, ainda, solicitando à cliente para que faça registro de um Boletim de Ocorrência na Polícia, a fim de que o fato seja apurado também na esfera criminal;
Cumpre ainda esclarecer a todos os nossos clientes que tratamos suas informações pessoais com as mais rigorosas práticas e políticas de proteção ao sigilo. Todos os prestadores de serviços da companhia estão obrigados contratualmente a assegurar a proteção dos dados dos consumidores e são proibidos de utilizar estas informações para qualquer outro fim. Também ficam cientes das sanções contratuais, cíveis e criminais aplicáveis em caso de descumprimento;
Além disso, os colaboradores envolvidos em atividades de atendimento ao cliente têm acesso aos dados estritamente necessários para executar suas funções, sempre de forma individualizada e rastreável."
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