Escrito por Rebbeca Adams
Corpos diversos são tão eficazes ou mais eficazes em anúncios
Corpos diversos são tão eficazes ou mais eficazes em anúncios
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Estudos acadêmicos podem ser fascinantes... e muito
confusos. Decidimos tirar todos os jargões científicos e explicá-los para você.
O cenário
Quando se trata do corpo feminino, acadêmicos identificaram
uma “tirania do esbelto” na cultura
contemporânea. Essa “tirania” é perpetuada por meio das modelos ultramagras que
dominam a publicidade, Apesar de os anunciantes optarem automaticamente por
esse ideal de magreza, pesquisas ainda não provaram conclusivamente que essa
tática realmente ajuda a vender mais. (Pesquisa já provaram que olhar para
esses corpos inalcançáveis reforça o ideal de magreza e faz as mulheres se
sentir mal.)
A preparação
Em um estudo recém-publicado, pesquisadores da Universidade
Baylor queriam descobrir se a máxima do “magro vende” faz sentido. Eles
entrevistaram 239 mulheres de 16 a 65 anos para descobrir quanto cada mulher
internaliza o ideal de magreza. Eles então dividiram as mulheres aleatoriamente
em três grupos para ver se elas compraria bolsas com base em certos anúncios.
Um grupo viu cinco anúncios de bolsas com modelos “magras” e outro grupo viu
cinco peças com modelos de “tamanho médio” (eram as modelos “magras” com
imagens alteradas no Photoshop). O último grupo viu anúncios só com as bolsas,
sem as modelos. Os pesquisadores também coletaram informações demográficas
básicas, bem como o índice de massa corporal de cada mulher.
Os resultados
Das 239 mulheres da amostra, só 30% eram o que os
pesquisadores descrevem como “muito internalizadoras”, ou seja, mulheres que
concordam com o ideal de magreza. As outras 70% eram ambivalentes (45%) ou
“pouco internalizadoras”, que rejeitam o ideal de magreza (25%). Anúncios com
modelos ultramagras só convenceram as mulheres “muito internalizadoras” a
comprar as bolsas; nos outros casos, o corpo das modelos não teve impacto
direto na eficácia do anúncio – as modelos “maiores” funcionavam tão bem quanto
as “magras”. Fato curioso sobre essas “muito internalizadoras”: são mulheres
mais jovens, consomem mais mídia, ganham mais dinheiro e em geral estavam mais
infelizes com o corpo do que as outras participantes do estudo.
A conclusão
Se, como sugere esse estudo, os anunciantes atacam as
inseguranças de uma pequena porcentagem das mulheres, eles também provavelmente
estão alienando 70% das consumidoras. Parece que corpos mais diversos são tão
eficazes, ou mais eficazes, para vender produtos. Talvez isso seja incentivo
suficiente para que os anunciantes abracem a diversidade de corpos de forma
mais ampla.
Até que isso realmente acontece, as mulheres podem ter em
mente que pesquisas prévias mostraram que somente 5% das mulheres conseguem de
fato atingir o ideal de magreza – algo a considerar quando você é bombardeada
por quase 3 000 anúncios por dia.
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