Se você quer levar seu bichinho junto ou deixá-lo na cidade, atente às dicas preparadas por Zero Hora
Por: Camila Nunes
20/07/2015 - 08h01min
http://zh.rbsdirect.com.br/ Foto: Fraga / Arte ZH |
O recesso do meio do ano está aí e, além de organizar a viagem, é preciso decidir o que fazer com o os bichos de estimação. Dá para levá-los? Ou melhor arrumar um profissional para auxiliar nessa tarefa? Para ajudar nessa escolha, listamos alguns itens que precisam ser observados em cada uma dessas situações.
VIAGEM DE CARRO
Foto: Diego Vara/Agencia RBS
Não há leis sobre equipamentos de segurança no transporte de animais de estimação dentro do carro. O Código de Trânsito Brasileiro proíbe apenas que o motorista carregue o pet no colo (multa de R$ 85,13 e quatro pontos na habilitação). Também não é permitido transportar animais em caçambas de camionetes (multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira).
Porém, a forma mais segura de levá-los é em caixas de transporte específicas para o porte de cada animal, que podem ser adquiridas em pet shops. Sem a proteção, o animal pode ser arremessado para fora do veículo em caso de acidente ou de uma frenagem brusca.
A melhor forma de acomodar as caixas é em um dos bancos do automóvel, envolvidos por um cinto de segurança específico para animais, que é conectado ao dispositivo do carro. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a caixa de transporte deve excluir, obrigatoriamente, uma vaga de passageiro no veículo.
Para os cães de grande porte, melhor colocar a caixa transportadora no porta-
malas. A legislação permite que em veículos modelo hatch, aqueles em que a tampa que protege o porta-malas pode ser retirada, as caixas sejam transportadas no compartimento. Mas, atenção: em dias ensolarados, é preciso cuidado para que o sol não bata em excesso sobre a caixa – que pode custar de R$ 450 a R$ 1 mil.
Para os pets de pequeno porte, há cadeirinhas, também à venda em lojas de produtos para animais. Funcionam como bolsas protetoras e são uma boa alternativa para os cães que não resistem às janelas. Ajustadas à altura do vidro, permitem que os pets fiquem mais à vontade, mas continuem seguros. O preço varia em média de R$ 130 a R$ 250.
Os animais de grande porte podem ser transportados sentados ou deitados no banco, com cintos de segurança específicos para cada tamanho. Os valores variam entre R$ 30 e R$ 50.
Para gatos, que são mais ariscos e se movimentam mais, também é recomendado o uso de caixas de transporte, presas com cinto de segurança. Os preços variam de R$ 100 a R$ 350.
Se a viagem de carro for muito longa, pare pelo menos a cada três horas para que o animal faça as necessidades fisiológicas, tome água e se alimente.
Alguns bichos podem enjoar durante longas jornadas no carro. Portanto, antes de sair de casa, fale com o veterinário e peça a indicação de algum remédio, para estar pronto caso isso ocorra.
Procure saber se a cidade para a qual você está indo com seu pet apresenta ocorrências de doenças infecciosas. Em caso positivo, vacine o animal preventivamente.
Se a estadia for em hotel, não se esqueça de entrar em contato com o estabelecimento para verificar se animais são aceitos.
Como você vai para um local desconhecido, coloque na coleira informações de identificação e contatos telefônicos, caso ocorra alguma fuga.
VIAGENS AÉREAS OU RODOVIÁRIAS
Em viagens aéreas ou rodoviárias, cães e gatos podem transitar no País sem a necessidade da Guia de Trânsito Animal (GTA). É obrigatório, porém, o porte de atestado de saúde, emitido por um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Companhias aéreas possuem autonomia para decidir local, formas, quantidade e espécies de animais a serem transportados. Por isso, checar as normas da empresa antes da viagem é fundamental.
Nas viagens intermunicipais, animais domésticos – cães e gatos – de até 8 quilos podem ser transportados mediante pagamento de tarifa de 50% do valor correspondente ao passageiro, com limite de dois por viagem. Os pets não podem ocupar os assentos reservados aos passageiros e devem ser transportados obrigatoriamente em caixas.
Para as demais espécies de mascotes, como aves, coelhos, furões ou iguanas, é exigida a GTA, expedida por veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura ou pelo órgão executor da defesa sanitária nos estados. No caso de espécies silvestres, é necessária autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
Para o transporte de animais entre países é preciso obter o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pela autoridade do país de origem ou de procedência do animal. O CZI deve estar em conformidade com as exigências sanitárias do país de destino.
DEIXAR EM CASA
Foto: Gabriel Haesbaert / Especial
Se a opção for por deixar o animal de estimação em casa, é preciso que alguém fique responsável pelos cuidados dos bichos. Se nenhum conhecido puder assumir essa tarefa, existem profissionais que desempenham essa função. Eles cobram, em média de R$ 30 a R$ 60 por dia, mas o preço varia de acordo com o número de atendimentos e a localização da residência.
É preciso que a pessoa vá de uma a duas vezes diárias na casa para dar água, alimentar, limpar as fezes e urina e, no caso de um cão, por exemplo, passear com ele. Busque referências de trabalhos anteriores, afinal, você terá que deixar a chave da residência com um desconhecido.
Alguns gatos têm o hábito de dar voltas pela vizinhança. O cuidador precisa estar instruído para deixá-los sair de tempos em tempos, sob o risco de provocar um estresse nos bichanos.
Outra forma de minimizar o estresse causado pela separação dos proprietários é deixar brinquedos para que o animal se distraia.
Se o pet necessita de medicamentos, procure checar se o cuidador tem prática em administrar medicação para animais, já que muitos podem estranhar esse momento.
DEIXAR EM UM HOTEL
Uma terceira alternativa é colocar os animais em serviços especializados de hospedagem. Procure conhecer bem o local antes de viajar. Peça para visitar todas as instalações que serão ocupadas pelos bichos. Observe condições de isolamento e higiene. Se possível, busque referências de conhecidos.
O animal, antes de ir para o hotel, precisa estar com as vacinas em dia. É recomendado também que se faça um controle preventivo contra pulgas, carrapatos e verminoses.
Se o bicho possui alguma doença crônica, deixe no hotel os contatos do veterinário de rotina, caso aconteça alguma emergência.
As diárias para bichos exóticos custa, em média, de R$ 15 a R$ 30. Já para cães e gatos há mais opções com preços bastante diferentes, que podem variar entre R$ 20 e R$ 100, dependendo das instalações.
COELHOS, ROEDORES, AVES E PEIXES
Não é recomendado que esses animais façam viagens, pois quando são submetidos a situações fora da rotina com a qual estão acostumados, passam por um grande estresse.
Se forem deixados em casa, o ideal é que sejam cuidados por alguém que tenha familiaridade com as espécies, já que eles adoecem muito facilmente.
As visitas precisam ser constantes no mínimo duas vezes diariamente – já que esses animais se alimentam e ingerem água com muita frequência.
Quanto aos peixes, a periodicidade com que a água do aquário tem que ser trocada varia conforme o tamanho do compartimento. Em geral, a cada 15 dias para os pequenos e 30 para os grandes.
A higienização dos ambientes onde vivem roedores e coelhos precisa ser diária, pois eles defecam e urinam constantemente.
Se a opção for por um serviço de hospedagem, verifique se o local é especializado em receber animais silvestres ou exóticos. Observe também se o lugar possui climatização adequada, já que esses animais sentem muito frio, principalmente no período noturno.
(Fontes: Veterinários Daniel Guimarães Gerardi, Simone Saute e Alessandra Roll)
VIAGEM DE CARRO
Foto: Diego Vara/Agencia RBS
Não há leis sobre equipamentos de segurança no transporte de animais de estimação dentro do carro. O Código de Trânsito Brasileiro proíbe apenas que o motorista carregue o pet no colo (multa de R$ 85,13 e quatro pontos na habilitação). Também não é permitido transportar animais em caçambas de camionetes (multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira).
Porém, a forma mais segura de levá-los é em caixas de transporte específicas para o porte de cada animal, que podem ser adquiridas em pet shops. Sem a proteção, o animal pode ser arremessado para fora do veículo em caso de acidente ou de uma frenagem brusca.
A melhor forma de acomodar as caixas é em um dos bancos do automóvel, envolvidos por um cinto de segurança específico para animais, que é conectado ao dispositivo do carro. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a caixa de transporte deve excluir, obrigatoriamente, uma vaga de passageiro no veículo.
Para os cães de grande porte, melhor colocar a caixa transportadora no porta-
malas. A legislação permite que em veículos modelo hatch, aqueles em que a tampa que protege o porta-malas pode ser retirada, as caixas sejam transportadas no compartimento. Mas, atenção: em dias ensolarados, é preciso cuidado para que o sol não bata em excesso sobre a caixa – que pode custar de R$ 450 a R$ 1 mil.
Para os pets de pequeno porte, há cadeirinhas, também à venda em lojas de produtos para animais. Funcionam como bolsas protetoras e são uma boa alternativa para os cães que não resistem às janelas. Ajustadas à altura do vidro, permitem que os pets fiquem mais à vontade, mas continuem seguros. O preço varia em média de R$ 130 a R$ 250.
Os animais de grande porte podem ser transportados sentados ou deitados no banco, com cintos de segurança específicos para cada tamanho. Os valores variam entre R$ 30 e R$ 50.
Para gatos, que são mais ariscos e se movimentam mais, também é recomendado o uso de caixas de transporte, presas com cinto de segurança. Os preços variam de R$ 100 a R$ 350.
Se a viagem de carro for muito longa, pare pelo menos a cada três horas para que o animal faça as necessidades fisiológicas, tome água e se alimente.
Alguns bichos podem enjoar durante longas jornadas no carro. Portanto, antes de sair de casa, fale com o veterinário e peça a indicação de algum remédio, para estar pronto caso isso ocorra.
Procure saber se a cidade para a qual você está indo com seu pet apresenta ocorrências de doenças infecciosas. Em caso positivo, vacine o animal preventivamente.
Se a estadia for em hotel, não se esqueça de entrar em contato com o estabelecimento para verificar se animais são aceitos.
Como você vai para um local desconhecido, coloque na coleira informações de identificação e contatos telefônicos, caso ocorra alguma fuga.
VIAGENS AÉREAS OU RODOVIÁRIAS
Em viagens aéreas ou rodoviárias, cães e gatos podem transitar no País sem a necessidade da Guia de Trânsito Animal (GTA). É obrigatório, porém, o porte de atestado de saúde, emitido por um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Companhias aéreas possuem autonomia para decidir local, formas, quantidade e espécies de animais a serem transportados. Por isso, checar as normas da empresa antes da viagem é fundamental.
Nas viagens intermunicipais, animais domésticos – cães e gatos – de até 8 quilos podem ser transportados mediante pagamento de tarifa de 50% do valor correspondente ao passageiro, com limite de dois por viagem. Os pets não podem ocupar os assentos reservados aos passageiros e devem ser transportados obrigatoriamente em caixas.
Para as demais espécies de mascotes, como aves, coelhos, furões ou iguanas, é exigida a GTA, expedida por veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura ou pelo órgão executor da defesa sanitária nos estados. No caso de espécies silvestres, é necessária autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
Para o transporte de animais entre países é preciso obter o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pela autoridade do país de origem ou de procedência do animal. O CZI deve estar em conformidade com as exigências sanitárias do país de destino.
DEIXAR EM CASA
Foto: Gabriel Haesbaert / Especial
Se a opção for por deixar o animal de estimação em casa, é preciso que alguém fique responsável pelos cuidados dos bichos. Se nenhum conhecido puder assumir essa tarefa, existem profissionais que desempenham essa função. Eles cobram, em média de R$ 30 a R$ 60 por dia, mas o preço varia de acordo com o número de atendimentos e a localização da residência.
É preciso que a pessoa vá de uma a duas vezes diárias na casa para dar água, alimentar, limpar as fezes e urina e, no caso de um cão, por exemplo, passear com ele. Busque referências de trabalhos anteriores, afinal, você terá que deixar a chave da residência com um desconhecido.
Alguns gatos têm o hábito de dar voltas pela vizinhança. O cuidador precisa estar instruído para deixá-los sair de tempos em tempos, sob o risco de provocar um estresse nos bichanos.
Outra forma de minimizar o estresse causado pela separação dos proprietários é deixar brinquedos para que o animal se distraia.
Se o pet necessita de medicamentos, procure checar se o cuidador tem prática em administrar medicação para animais, já que muitos podem estranhar esse momento.
DEIXAR EM UM HOTEL
Uma terceira alternativa é colocar os animais em serviços especializados de hospedagem. Procure conhecer bem o local antes de viajar. Peça para visitar todas as instalações que serão ocupadas pelos bichos. Observe condições de isolamento e higiene. Se possível, busque referências de conhecidos.
O animal, antes de ir para o hotel, precisa estar com as vacinas em dia. É recomendado também que se faça um controle preventivo contra pulgas, carrapatos e verminoses.
Se o bicho possui alguma doença crônica, deixe no hotel os contatos do veterinário de rotina, caso aconteça alguma emergência.
As diárias para bichos exóticos custa, em média, de R$ 15 a R$ 30. Já para cães e gatos há mais opções com preços bastante diferentes, que podem variar entre R$ 20 e R$ 100, dependendo das instalações.
COELHOS, ROEDORES, AVES E PEIXES
Não é recomendado que esses animais façam viagens, pois quando são submetidos a situações fora da rotina com a qual estão acostumados, passam por um grande estresse.
Se forem deixados em casa, o ideal é que sejam cuidados por alguém que tenha familiaridade com as espécies, já que eles adoecem muito facilmente.
As visitas precisam ser constantes no mínimo duas vezes diariamente – já que esses animais se alimentam e ingerem água com muita frequência.
Quanto aos peixes, a periodicidade com que a água do aquário tem que ser trocada varia conforme o tamanho do compartimento. Em geral, a cada 15 dias para os pequenos e 30 para os grandes.
A higienização dos ambientes onde vivem roedores e coelhos precisa ser diária, pois eles defecam e urinam constantemente.
Se a opção for por um serviço de hospedagem, verifique se o local é especializado em receber animais silvestres ou exóticos. Observe também se o lugar possui climatização adequada, já que esses animais sentem muito frio, principalmente no período noturno.
(Fontes: Veterinários Daniel Guimarães Gerardi, Simone Saute e Alessandra Roll)
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